(Biologia 1, Sérgio Linhares) A figura abaixo mostra um organismo unicelular (um protozoário) dividindo-se em dois.
Dr. Richard Kessel & Dr. Gene Sh/SPL/Latinstock
Foto ao microscópio eletrônico; aumento de cerca de 800 vezes.
a) Que tipo de reprodução a figura representa?
b) Os indivíduos produzidos nesse tipo de reprodução são geneticamente iguais? Por quê?
c) Que diferenças existem entre esse tipo de reprodução e a reprodução da maioria dos animais?
Resolução
a) Reprodução assexuada. A reprodução assexuada envolve a criação de novos organismos sem a fusão de células sexuais. Um único organismo pode gerar descendentes geneticamente idênticos, sem a necessidade de um parceiro. Isso acontece por meio de processos simples, como divisão celular, fragmentação ou brotamento. Embora eficiente para aumentar a população rapidamente, a falta de variabilidade genética pode tornar os organismos mais vulneráveis a mudanças ambientais.
b) Na reprodução assexuada, os indivíduos resultantes recebem cópias idênticas do DNA do organismo progenitor devido à natureza direta e simples do processo. Esse método não envolve a fusão de gametas ou a mistura de material genético de diferentes indivíduos. Em vez disso, o processo de divisão celular, como a mitose, é o mecanismo principal para criar novos seres.
Durante a mitose, as células-mãe se dividem para produzir células-filhas que contêm exatamente o mesmo material genético que a célula original. Essas células-filhas, por sua vez, podem continuar se dividindo e se desenvolvendo para formar um novo organismo completo, mantendo a continuidade genética e a uniformidade com o organismo original.
c) A reprodução sexuada, predominante na maioria dos animais, é um processo onde a diversidade genética é impulsionada pela união de células especializadas chamadas gametas. Diferentemente da reprodução assexuada, que cria descendentes geneticamente idênticos ao progenitor, na reprodução sexuada, os gametas provenientes de dois indivíduos distintos se combinam para formar um novo ser.
Os gametas, produzidos por meio da meiose, são células sexuais haploides que carregam uma mistura única de material genético de cada progenitor. Quando ocorre a fertilização, o espermatozoide (gameta masculino) e o óvulo (gameta feminino) se unem, combinando seus conjuntos de genes para formar um zigoto. Este zigoto, com sua constituição genética única, é o embrião inicial do novo organismo.
Essa mistura de genes provenientes de ambos os progenitores resulta em uma variabilidade genética significativa nos descendentes. Essa diversidade genética é crucial para a evolução das espécies, pois proporciona uma gama mais ampla de características e adaptabilidade a diferentes ambientes. A capacidade de recombinação genética na reprodução sexuada é fundamental para a introdução de variações genéticas que podem conferir vantagens adaptativas diante de mudanças ambientais ou pressões seletivas.
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